Querid@s Convidad@s

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

O Celebrante

Eis um item da checklist que às vezes não recebe a atenção devida: o celebrante. A pessoa responsável por recitar sua cerimônia e por proclamá-los, pela primeira vez ao público, casados. É uma pessoa importante ou o quê???


Noivo e eu somos ateus e, portanto, não teremos cerimônia religiosa. Um padre ou representante de qualquer religião esteve sempre fora de cogitação para nós. A alternativa mais comum seria contar com um juiz de paz. Mas... sou só eu que acho esquisita essa idéia de dar a um desconhecido um dos papéis principais do evento mai importante da sua minha vida? Pra mim, isso é quase tão despropositado quanto chamar a moça do telemarketing pra ser minha madrinha.

Além da afinidade, outra coisa me preocupa: o discurso. Como confiar que um completo estranho dirá as palavras que você quer que sejam ditas no seu casamento? Sei que muita gente não se importa com isso e só quer saber da festa. Mas todo o dindim gasto, todo o estresse, toda a insônia, todo o planejamento, enfim, todo o meu esforço não terá valido de nada se eu não tiver a cerimônia certa pra mim.

Em Brasília, creio que a juíza de paz mais famosa seja a Eunice Pennaforte. Ela celebrou o casamento da minha amiga Bianca e o da minha amiga Júlia, e eu admito que o discurso dela é dos melhores que já ouvi em cerimônias de casamento. Pensei mesmo em ir de Pennaforte também, mas não tenho garantia de que ela mudará algumas partes de sua fala com as quais noivo e eu não concordamos (principalmente aquelas que envolvem dEUS, hehe). Além disso, não quero entediar até a morte a madrinha-fotógrafa, que já deve ter ouvido a Eunice umas duzentas mil vezes!

Meu sonho era que o Rubem Alves celebrasse o casório, mas não tenho a cara-de-pau necessária pra mandar uma cartinha pra ele dizendo: "Oi, você não me conhece, quer vir a Brasília me casar? Prepara aí um discurso bonitinho, falow? Valew!" Logo, aceitei que teria de me virar com outra pessoa.

Quando fomos ao cartório dar entrada nos papéis para habilitação, o mocinho perguntou se queríamos nos casar com um juiz em outro lugar. "Só pagar R$400 e alguns quebrados, que ele vai a qualquer lugar de Brasília".

Perguntei: "Mas ele vai falar o que eu quiser que ele fale?"

O mocinho olhou pra mim espantado e deu o "não" mais murcho que já deve ter dado em seus anos de cartório: "Nnnnaaaaummm..."

Insisti: "Mesmo que eu entregue pra ele o texto e ele só tenha que ler na hora?"

E de novo: "Nãão... Ele não faz isso, não..."

"Mas eu posso conversar com ele, passar orientações, dizer o que eu quero que ele fale???"

"Olha, você pode tentar marcar uma hora com ele antes da cerimônia, mas..."

"Tá, deixa pra lá."

E foi assim que descartei de vez a possibilidade de casar com juiz de paz no dia D. Absurdo você pagar mais de 400 paus e o cidadão se recusar a fazer as firulas do jeito que você quer. Sim, porque o fundamental do trabalho dele é a parte do "você aceita? você também? assinem aqui. estão casados". O resto é firula.

Dessa forma, é com orgulho que anuncio que eu mesma estou escrevendo minha cerimônia (com ajuda de textos de blogs casamentícios americanos e de alguns amigos talentosos).

Mas, Elisa, quem é que vai celebrar??? Você vai ser noiva e celebrante?? Venceu a vergonha e chamou o Rubem Alves??

Por sorte, eu tenho bastante daquilo que sempre resolve essas situações problemáticas: amigos. ;)

2 comentários:

  1. Olha.. eu tb btava fé em Chamar o Rubem Alves.. *_*

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  2. Como assim? Foram seus próprios amigos que fizeram sua cerimônia? O juiz de paz foi só pra assinar os papéis? Que legal! Tb não quero padres/ pastores no meu casório. Acho que minha vó vai morrer do coração, mas.... fazer o que, né? Vai se MEU casamento. rsrsrsr

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