"Buá! Ninguém quer tocar minhas músicas! ;_;" |
Mas deixa eu contar a história desde o começo.
Muitas pessoas contratam a banda que vai tocar no seu casamento com alguns meses de antecedência, mas só mais tarde é que vão definir o repertório musical. Comigo, teve que ser ao contrário. Há bastante tempo eu sabia que, na nossa cerimônia de casamento, a trilha sonora tinha que ser diferente. Por mais belas que sejam, músicas tradicionais como Jesus Alegria dos Homens, Pompa e Circunstância, Sinfonia n. Tal e até mesmo a Marcha Nupcial não têm muito a ver com a gente. Quer dizer, por mais que sejam boas e adequadas, não fazem parte das nossas vidas. Eu sempre quis usar, para a minha cerimônia, músicas que o noivo e eu tivéssemos nos nossos iPods!
Assim, me dispus a selecionar aquelas que eu considero mais bonitas e apropriadas para a ocasião. Não havia definido que usaria "músicas de anime"; o critério mais importante para a escolha foi apenas o gosto pessoal. Mas claro que as nossas preferências acabaram dando numa lista de músicas, em sua maioria, japonesas...
Munida dessa lista, o próximo passo era encontrar uma banda que se dispusesse a fazer os arranjos e a tocá-las no nosso casamento! Minha primeira abordagem foi mandar um e-mail para os seguintes grupos brasilienses:
E aí, vamos tocar no casório da Elisa?? |
Toccata
Affinato
Sonata
Capim Cereja
Minueto
Magda Rocha
Grupo Entrada
Som que Toca
Surreally
Músicos Associados
...e possivelmente alguns outros de que não me lembro agora. =p
No e-mail, pedi orçamento para uma pequena formação musical (incluindo violino e teclado) e expliquei que as músicas que gostaria de usar para a cerimônia não constam do repertório normal de casamentos, sendo necessário fazer os arranjos a partir das originais.
As respostas que recebi, inicialmente, foram de dois tipos:
Resposta 1 (geralmente um e-mail-padrão): oferecia os serviços da banda e contava que eles possuíam um vasto repertório de mais de xxx músicas para eu escolher.
Resposta 2: pedia que eu enviasse as músicas para que fosse avaliada a possibilidade de fazer os arranjos.
Eliminei os que mandaram a Resposta 1 (um pouco mais da metade das opções) e mandei as músicas que queria para os da resposta 2, pedindo a opinião deles sobre minhas escolhas.
Aqui, recebi três tipos de reações:
Reação 1: não responderam mais.
Reação 2: responderam dizendo que não podiam fazer os arranjos.
Reação 3: respondeu dizendo que era possível fazer os arranjos e fazendo considerações sobre as músicas.
Observe que o texto da Reação 3 está no singular. =p Isso porque, de todos aqueles grupos lá do começo, apenas um concordou em tocar as músicas que eu queria: o Capim Cereja. Vida de noiva otaku não é mole, não. Rola muito preconceito no meio, os serviços não estão adaptados pra gente...
Então marquei uma reunião com a Diana, do Capim Cereja. Ela logo me atendeu perguntando se eu ia casar vestida "a caráter" (ou seja, de cosplay; e não se preocupem, otakufóbicos, a resposta é "não" =p) e me mostrando que a pasta onde estavam minhas músicas no computador dela se chamava "Músicas casamento Naruto". Ri demais. XD (O noivo ficou pra morrer quando ficou sabendo disso: sentiu-se desmoralizado em sua "não-"otakice. XP)
Conversamos sobre o que eu esperava dos arranjos. Como ela já tinha dado sua opinião de profissional experiente por e-mail, foi muito fácil chegarmos a um acordo. Ela me passou o orçamento (não exatamente barato, mas nenhum número estratosférico) e eu fui pra casa... triste.
Não que eu não tenha gostado do atendimento ou da proposta do grupo, pelo contrário. O que me desanimava era me ver numa situação na qual eu não tinha opções: ou fechava com o Capim Cereja, ou não tinha banda pra tocar no meu casamento. Eu queria pelo menos poder comparar dois orçamentos, poxa.
Foi nesse ponto que ouvi falar do Fernando Sanglard. Ele é músico, trabalha em casamentos, e fiquei sabendo que faz arranjos. Então, resolvi mandar pra ele o primeiro e-mail que mandei pra cambada de grupos do começo da saga. Ele me respondeu muito simpático e eu já fui mandando minhas músicas pra ele ouvir. A resposta?
"Toca Suzumiya! Uhuu!" |
Então... bem diferentes as suas músicas !!!"
Não me diga, fofo.
Depois ele passou a listar uma série de dificuldades que teria para fazer os arranjos (na verdade, a real é que ele não faz os arranjos, mas pega as partituras na internet; saída muito difícil no meu caso. Eu teria que pagar outra pessoa para fazer as partituras.) Mas, como ele disse, "sonho é sonho né ???"
Sinceramente, gostei muito mais da atitude da Diana, que não botou problemas e se prontificou a tocar o que eu queria, sem questionar.
Assim, por eliminação mesmo, fechei contrato com o Capim Cereja. Um final feliz, mas meio morno para a minha saga.
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Obs.: Otakufóbicos, não se desesperem: o Capim Cereja só vai tocar na cerimônia. A festa será embalada por um DJ tradicional, que veio no pacote do aluguel do Renascença. Eu queria contratar uma banda de músicas otakus pra festa, mas não deu. =(
Hum... e não tentou ver o preço de alguma banda de são paulo?
ResponderExcluirSei lá, pode ser que ache alguém lá e saia num preço que dê....
O problema é que o Renascença não aceita banda... =( Senão, eu chamava mesmo!
ResponderExcluirEsse povo toca qqr negócio?
ResponderExcluirInteressante!
Ó, Ana, quando eu fui lá, adivinha que vídeo eles me mostraram? Do seu irmão!!! Huahuahaua, eu tava com a Marcela, a gente ficou vendo, meio que reconhecendo as pessoas, daí passou você! Foi muito engraçado! Brasília só tem 3 pessoas mesmo!
ResponderExcluirTem o meu vexame, em vídeo??? O do buque...
ResponderExcluirhuahuahuahuahuahuahua
Mas, foram os mesmos músicos que orquestraram o casamento do Christian?
Se forem são excelentes, pq minha mãe é muito chata! E ela gostou.
São eles mesmo! Mostraram a hora das assinaturas e da saída! Apareceu todo mundo, você, sua mãe, seu avô... foi muita coincidência! Eu gostei bastante deles também!^^
ResponderExcluirDará tudo certo flor!
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